Caro leitor e leitora, permita-me pintar um cenário.
Jorge, é proprietário de uma escola de ensino regular numa cidade do interior de São Paulo, há mais de 30 anos.
Uma cidade de médio porte, com cerca de 300 mil habitantes, e claro, com algumas dezenas de escolas particulares, e a cada dia que passa, uma nova escola é inaugurada com a promessa de um “ensino inovador“.
A cada nova escola que se instala na cidade, uma parcela de alunos da escola de Jorge é abocanhada pela concorrência.
Jorge logo tem um devaneio e lembra-se dos velhos tempos em que reinava absoluto na cidade. Bons tempos eram aqueles.
Talvez, Jorge nunca havia imaginado que a sua escola tradicional, assim como toda empresa (não se escandalize, uma escola é sim uma empresa), estaria sentindo os efeitos de um mercado voraz e altamente competitivo.
Os tempos são outros.
E como se não bastasse, a natalidade já não é tão alta como nas décadas anteriores, onde cada casal tinha dois, três e até mais filhos. “Que saudade!”, Jorge exclama.
Jorge se dá conta que além da concorrência, há também a escassez de alunos, logo, uma batalha se inicia para ver quem será a escola felizarda a conquistar os pais e os alunos.
Ele se senta, coça a cabeça calva, e tenta achar alguma solução para destacar a sua escola. Mas como? Ele se pergunta.
Vagarosamente se levanta, com seu corpo levemente curvado, vai até a velha cafeteira de sua sala (que mal mantinha o café quente), enche uma xícara e faz o caminho de volta para sua velha cadeira de corino rachado.
“O que fazer?” – ele pensa.
Assim como Jorge, essa também é a sua pergunta. Então aqui vão algumas dicas importantes para você.
Antes de qualquer coisa, é preciso definir o público alvo da sua escola.
É necessário ter um posicionamento muito bem definido para que você modele seu negócio (escola) de acordo com o perfil deste público, e a sua comunicação seja apropriada a ele.
Um exemplo simples: se a sua escola trabalha com ensino infantil, logo, a sua comunicação deverá ser personalizada para esse público infantil, e não para adolescentes.
Leve em consideração outros fatores sobre a sua escola: seu público é de renda alta, média ou baixa? Qual a região em que sua escola está localizada?
Quer outra dica preciosa?
Embora sua escola trabalhe com crianças – por exemplo -, a comunicação deve ser redirecionada aos pais, e não aos alunos.
Afinal, quem deve ser convencido? Quem irá pagar a mensalidade? Os pais, claro!
Sua escola matricula os filhos, mas vende para os pais. Nunca se esqueça disso.
Você conseguiu definir quem é o seu público? A partir de agora você deve escolher sua estratégia para atrair alunos através dos diferenciais que sua escola irá oferecer.
Sua escola pode atrair alunos pela sua estrutura, pelo carinho de seus professores, pela sua abordagem metodológica diferenciada, pela individualidade no tratamento dos alunos, pelo preço, e diversos outros fatores.
E podem ser vários diferenciais, e não somente um.
Tudo dependerá de qual posicionamento você escolheu.
Eu não sei se você percebeu, mas esse pequeno texto começou com uma história, a do Jorge.
Pois então, conte histórias.
As histórias devem ser o “pano de fundo” que fundamentam a abordagem escolhida pela escola que é o seu diferencial.
Histórias fazem uma conexão com as pessoas. Afinal, quem não gosta de ouvir uma boa história?
Faça apresentações carinhosas e convide os pais para participarem desses eventos.
Tudo começa por aí.
Dê o primeiro passo, conheça melhor o seu público, explore seus diferenciais, crie boas histórias, e não se assuste com a concorrência.
Afinal, ela sempre existiu e sempre existirá.
O segredo está em se adaptar.
Até a próxima!