É oportuno ponderarmos sobre o que significa tornar uma escola acessível.
Trata-se de um processo muito mais amplo e complexo do que uma série de adequações e mudanças pontuais. É preciso transformar a escola, desafiando a cultura da homogeneização e da meritocracia que resulta em exclusão a partir do reconhecimento do direito de todos à educação.
Mas agora vem a pergunta: Como fazer isso na prática?
É importante que o gestor da escola, invista no estabelecimento de espaços de diálogo que, independentemente do formato, viabilizem a participação ativa de todos os envolvidos.
Cabe à gestão estabelecer estratégias que possibilitem o diálogo entre os diferentes atores que compõem o universo escolar.
Também cabe a esse diretor pensar em diferentes espaços e momentos que possibilitem o encontro e a troca entre a equipe da escola e a família, entre professores, entre profissionais não docentes etc.
Também é importante que a escola faça algumas acomodações para atender as necessidades de todo o tipo de aluno, como os disléxicos por exemplo. Estas acomodações vão variar de acordo com as características de cada um.
Acomodações no ambiente de sala de aula:
• É recomendável que crianças com dislexia sentem perto do professor.
• Também é importante que o ambiente de sala de aula favoreça a atenção, evitando barulhos e objetos distratores.
Acomodações tecnológicas:
• A criança com dislexia deve ter acesso a soluções tecnológicas que são recomendadas para ela, como: calculadora, gravador de voz, computador, leitor de textos, etc.
Acomodações pedagógicas:
• A criança com dislexia precisa ter bastante tempo disponível para atividades de leitura e escrita.
• Ela não deve ser forçada a ler em voz alta, a não ser que isto seja um desejo dela.
• Em situações de leitura em frente de um público maior (como em apresentações e peças de teatro), a criança deve ter bastante tempo para praticar o trecho que vai ler.
• A criança deve ter acesso a outros meios para aprender, que não sejam somente textos escritos, como vídeos educativos e audiolivros.
• Em tarefas que demandam muita escrita, é importante oferecer um escriba ou corretor ortográfico.
Acomodações em provas e avaliações:
• A criança com dislexia deve ter a opção de ser avaliada oralmente.
• Antes de iniciar a prova, é importante que ela saiba o que é esperado dela.
• É importante que as provas aconteçam em um ambiente silencioso, com poucas distrações.
Algumas dessas atitudes podem auxiliar no desenvolvimento não apenas de alunos disléxicos!
É preciso pensar num todo.
É preciso observar a necessidade da comunidade escolar para, assim, poder adaptar não só o ambiente, mas sim uma rotina escolar qualitativa para os alunos.
Os riscos de uma escola que não é acessível para todos são de acidentes e, o maior de todos, a exclusão dos alunos, que serão privados de efetuarem todas as atividades oferecidas por não ter como se locomoverem.
Sua escola está preparada para ser acessível a todo o tipo de aluno?