Tão importante quanto falarmos da alfabetização, é abordar os aspectos e fatores que podem influenciar esse processo.
Um deles é o TDAH – O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, sendo um transtorno que está presente na sociedade e também nas escolas.
Infelizmente, por ser ainda um assunto pouco discutido dentro da comunidade escolar, ele pode ser tratado muitas vezes de forma errônea.
Vamos descobrir do que o TDAH se trata e como podemos percebê-lo ainda cedo nas crianças?
De acordo com o site oficial da Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o TDAH é um dos transtornos neuropsiquiátricos mais conhecidos na infância.
Devido à baixa concentração de dopamina e/ou noradrenalina em regiões sinápticas do lobo frontal, leva o indivíduo a uma tríade sintomatológica de falta de atenção, hiperatividade e impulsividade, ocasionando sérias dificuldades para o processo de aprendizagem.
A alfabetização de crianças com patologias como o TDAH, é assunto relacionado ao cotidiano do profissional da educação, e sobretudo, a fim de que ele, ao se deparar com um caso, não venha, como infelizmente acontece, a taxar o aluno de preguiçoso, indolente e outros adjetivos desqualificadores.
O APARECIMENTO DOS PRIMEIROS SINAIS
É clara a afirmação de que todo o diagnóstico precoce, quaisquer que sejam as patologias, favorece o tratamento e, nos casos em que há possibilidades, a cura da patologia.
Não é diferente com o TDAH. Por isso é de grande importância o olhar dos pais e dos professores na verificação de possíveis sintomas ainda nos primeiros momentos.
O TDAH é de fácil visualização, muitas vezes aparecendo os primeiros sintomas antes mesmo da criança completar 6 anos.
Os sintomas são mais aparentes e mais perceptíveis, contudo apresentam o risco de equívocos, posto que alguns sintomas podem ser confundidos com alterações comportamentais.
Seguem algumas comorbidades associadas ao TDAH:
- Problemas de leitura
- TOD (Transtorno Opositivo Desafiador)
- Transtorno de Ansiedade
- Transtorno de Conduta
- Depressão
- TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo)
- Três ou mais desordens
- Transtornos de Leitura
- Síndrome de Tourette
Segundo MATOS (2012) crianças e adolescentes com patologia de TDAH não tratados devidamente têm uma propensão para:
“• maior frequência de acidentes;
• maior problemas de aprendizado escolar;
• maior frequência de reprovações;
• maior frequência de expulsões;
• maior frequência de abandono escolar;
• maior incidência de abusos de álcool e drogas”
COMO TRABALHAR COM A DIDÁTICA EM SALA DE AULA
Podemos dividir as estratégias pedagógicas quando temos alunos com TDAH em sala de aula, pois essas crianças podem perder-se nos eventos que são paralelos ao evento principal de uma determinada matéria, no passo-a-passo das fórmulas e dos conceitos das matérias mais decorativas ou monótonas.
Segundo o Instituto NeuroSaber, a didática em sala de aula deve buscar meios que melhorem a concentração deste aluno, tais como:
- mudar tom de voz de acordo com a necessidade dando ênfase em momentos mais importantes do assunto
- colocar o aluno para sentar bem próximo do professor
- começar a aula com algum tipo de motivação (uso de quiz ou perguntas que devem ser respondidas ao final após a transmissão do conteúdo e que, em caso de acerto, pode ser dada uma nota que se somará à média final)
- associar o assunto da aula a alguma situação do contexto que interessa ao alunoou que tenha uma aplicação prática
- utilizar–se de estímulos audiovisuais ou sensoriais, os quais têm grande poder de memorização, ser mais emocional na transmissão da aula, menos cópia e menos texto.
Dessa forma, a escola estimulará os alunos e ainda estará ajudando o colega com maiores dificuldades, preservando o gosto pelos estudos.
E a sua escola, como ela tem se adaptado para lidar com alunos com TDAH?